BARCO E CANOAGEM

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Os maiores dourados do mundo

O Terra da Gente desembarca em Buenos Aires. Pegamos a estrada pela Rota 14. São 450 quilômetros até Concórdia, na província de Entre Rios, nordeste da Argentina. E pela primeira vez nosso programa chega ao rio Uruguai, na Bacia do Prata. Às margens da usina de Salto Grande, vamos em busca dos maiores dourados do mundo.
 
O ponto de pesca fica a apenas 5 minutos de barco, mas as facilidades terminam por aí. É a primeira vez que, para fazer uma pescaria, eu preciso apresentar o documento de identidade. Neste caso, o acompanhamento é feito pelo pessoal da Prefectura, a polícia naval da Argentina. O cinegrafista também tem que mostrar o documento. Pelo rádio, o policial confere se estamos autorizados. A placa de proibido passar é o limite de uma linha imaginária. A partir de agora, só 2 barcos credenciados podem prosseguir.
 
Zona de preservação
 
Estamos em La Zona, zona de segurança por se tratar da fronteira entre Argentina e o Uruguai. Apesar do nome, La Zona não tem bagunça. É um exemplo de preservação ambiental. Daqui até a barragem de Salto Grande são 1.000 metros. Nós, que temos autorização, vamos prosseguir. Para os outros barcos, é o fim da linha.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O Araguaia, cheio, continua lindo!

Sim, muito lindo mesmo. Espraiado pelos varjões, invadindo lagos e lagoas, emendando tudo e encurtando as distâncias, por cima do que normalmente vira praia no tempo da estiagem.
Passei três dias na região da barra do Cristalino, usufruindo a boa hospitalidade do Carlinhos, lá na Pousada Asa Branca; ambiente limpo, confortável e agradável. Comida deliciosa (o tira-gosto, de peixe, simplesmente soberbo) e cerveja gelaaada! Nosso guia e piloteiro, o João, sempre atento e solícito, não poupando esforços para que pudéssemos nos divertir e fisgar grandes peixes.
A pescaria que gosto de fazer. De Brasília vieram os Amigos Alfonso Galiano (mais de 30 anos de aventuras juntos, Brasil afora) e o Manoel Gimenez (que já esteve diversas vezes no Araguaia). Excelentes companheiros e desportistas.
Saímos de São Miguel na manhã da sexta-feira, dia 15, e utilizamos o táxi do Sr.Irênio para ir até o Javaés, próximo ao Fio Velasco, onde o Carlinhos e o João já nos aguardavam. Atravessamos o lago da barra do Javaés e saímos no Araguaia, quase em frente a Pousada Wilson Ribeiro, e fomos atalhando curvas, varando furos, até que, em aproximadamente uma hora e meia, chegamos na Pousada.
Ao longo da viagem uma imensidade de pássaros: Maguaris, Garças brancas, Gaviões, Jacus-ciganos, Bem-te-vis... nada de Jacarés ou outros bichos... difícil ver a margem, mais das vezes alagada, com o rio adentrando a mata ciliar.
Chegamos, nos acomodamos, almoçamos e, após breve repouso, começamos nossa pescaria esportiva. O Manoel foi o primeiro a inaugurar as Pirararas, porém não levava muita sorte neste primeiro dia, e conseguiu perder duas boas puxadas, mal fisgadas, imagino. Mas confirmou sua competência e foi o primeiro a pegar uma Pirarara, de uns 23kg., aproximadamente. Foi uma boa briga e ver a alegria do pescador, tanto na hora da puxada, quanto no momento em que soltou o peixe no rio, valeu a pena.
Daí para frente alternamos, e fechamos o dia com quatro exemplares embarcados, fotografados, filmados e restituídos com festa, ao seu ambiente natural, "para crescerem mais", dizíamos.
Na manhã de sábado, fomos tentar a pesca da Piratinga/Piraíba, próximo a barreira da Mirindiba. Não levamos sorte. De cara, nosso bom piloteiro, o João, me orientou que soltasse a bóia da poita - para largar o anzol - mas, a mesma não suportou o peso da correnteza e simplesmente sumiu. Perdemos um tempão tentando "pescar" a corda. Não houve jeito, tivemos que retornar à Pousada, para buscar outra poita.
Voltamos ao lugar anterior, mas o peixe não quis saber de "conversa", simplesmente não compareceu e ficamos nós, torrando ao sol intenso que resolveu aparecer, até desistir e voltar para a barra do Cristalino, e às nossas amigas Pirararas.
Pois bem, o Manoel pegou mais uma, de uns 35kg., fechando a manhã com chave de ouro. Nessa brincadeira, tivemos a oportunidade de ver vários Pirarucus, no rio, caçando peixinhos junto à folhagem da margem, bem perto da canoa, onde pescávamos.
Durante a tarde foi minha vez de pegar outra Pirarara, na faixa dos 20kg., e num lugar improvável. O problema é que o sol nos castigava, embora no horizonte se formassem nuvens de chuva, e o Galiano pediu ao João para achar uma sombra, "nem que não se pegue peixe". O João assim fez e não é que acabei achando uma Pirarara por lá perdida?
Dois peixes. O resultado do sábado. À noite, depois de comer amendoins a tarde inteira e me fartar no excelente peixe servido como petisco, fui dormir algo enfastiado... para acordar horas após, com uma tremenda dor-de-barriga que garantiu inúmeras visitas ao banheiro, ao longo de toda a madrugada. Pensei que não ia dar conta de pescar no domingo...
Mas mesmo algo ressabiado e preocupado com a ausência de barrancos onde me safar em possível emergência intestinal... lá fomos nós em busca dos peixes. Tentamos a Piratinga/Piraíba no porto da Manga, também sem sucesso. Voltamos para os bons pontos de Pirarara, mas o dia parecia não estar para peixes... nada.
Manoel ainda ferrou uma Pirarara que dava sinais de ser grande, mas que acabou conseguindo se soltar do anzol, frustrando mais uma vez o experiente pescador. Galiano parecia ter "pisado em rastro de corno", não fisgou um peixe sequer durante os dias que por lá ficamos. Coisa estranhíssima, pois pescávamos com o mesmíssimo tipo de equipamento, mesma linha, mesmos anzóis, chumbada, isca e lugar... e o peixe não puxava no anzol dele!
Na parte da tarde a coisa continuava difícil, até que lá pelas seis horas, próximo a Fazenda Almeida Prado, entrou uma Pirarara no meu anzol. Parecia ser um bom peixe e resolvi que já era hora de o Galiano fazer um pouco de força. Passei o serviço para ele - apesar de seus protestos - e me diverti, filmando seu esforço na luta com o bruto. E era grande mesmo, mais ou menos na mesma faixa da grande Pirarara pega pelo Manoel na manhã da véspera.
Fechamos a pescaria com chave de ouro: ferramos ao todo 13 Pirararas e conseguimos tirar 7, devolvendo todas ao rio. Minha indisposição, graças a Deus não foi adiante e fechamos o dia com um bom jantar, a seguir nos preparando para sair cedo na segunda-feira, de volta para casa.
Despedimos-nos da Pousada bem cedo e às 9:30h. já estávamos no porto do Javaés, aguardando o Sr.Irênio, que chegou logo em seguida com seu táxi. Próximo às 12:00h. chegamos a São Miguel; eu em casa e os meus dois amigos no início da viagem de volta a Brasília, que empreenderam imediatamente após o almoço, na Churrascaria Casarão, possivelmente a melhor de S.Miguel.
Creio que, se todos pescassem dessa forma, usando o rio e seus recursos com consciência, evitando lançar detritos nas águas, soltando o peixe que não seja estritamente para consumo próprio, no local, zelando o ambiente e o mantendo preservado... o Araguaia, cheião ou lá embaixo, vazio, continuaria sempre lindo, sempre um grande rio.
Os Tucunarés, Barbados, Douradas, Matrinchãs, Pintados, Pirararas e Piraíbas continuariam a fazer a alegria do pescador e poderiam ser vistos por nossos filhos e netos, com certeza.

domingo, 19 de setembro de 2010

Aprenda como pescar Douradas/Apapás. Tecnica e dicas de Roberto Grosse Jr


     A Dourada, também conhecida como Apapá, é um belo peixe que garante boa diversão a quem quiser uma pesca animada.  Embora seja razoavelmente agressiva e dê belos saltos fora d’água quando fisgada, não deve ser confundida com o Dourado.  São peixes com várias semelhanças mas com particularidades e de bacias diferentes.
     Não é de se estranhar quando o pescador de Goiás chamar o Apapá de “Dourado do Araguaia”. De fato, a cor, mais intensa na época das cheias (novembro a abril), e os saltos justificam o apelido. A forma de pescar, no entanto, é bem diferente. 
     A Dourada é muito arisca e não se arrisca a pegar iscas mortas.  É muito comum ver belos exemplares subirem até a flor d’água, pertinho do barco, e desistirem do bote na última hora. Até mesmo o encastor pode atrapalhar a captura em alguns casos.
     Por ser um peixe de escamas, hábitos diurnos, e se alimentar em corredeiras preferencialmente nas horas mais quentes do dia, o som dentro do barco deve ser a menor das preocupações do pescador. A atenção deve estar em tentar iludir, enganar o peixe.
     É importante que o pescador, bem posicionado, faça movimentos constantes com sua vara simulando o movimento da isca subindo o rio contra a correnteza.  Desta forma, o Apapá dá o bote pensando ser o nado natural de sua presa.  Sempre iscas vivas e bem selecionadas, de preferência pegas no próprio habitat do peixe.  É muito raro pegar uma Dourada na espera.
     A linha deve ser fina, não mais que 0,40.   Uma vez que os locais da pesca sempre envolvem corredeiras, linhas multifilamento são sempre uma boa sugestão.  Esta deve estar bem solta para se movimentar livremente. Já o anzol não deve ser maior que 0/4.
     Até hoje, nunca ouvi falar de alguém que tenha pego uma Dourada com isca artificial, mas como tudo é possível numa pesca, não duvido que um dia possa acontecer.
     Dois cuidados especiais para quem experimentar a pesca de douradas no Araguaia devem ser observados. Em primeiro lugar,A isca deve ser posicionada no anzol pela cabeça para garantir o movimento. Se iscar pela boca, o peixe permanecerá vivo por um bom tempo.  Qualquer coisa, sejam folhas, cascas ou até o simples movimento das águas pode enrolar a linha e alertar a Dourada.  O pescador deve observar constantemente sua tralha com atenção para garantir o sucesso da pesca.   
     O segundo cuidado é bem mais interessante e divertido!  Os botos do Araguaia estão cada vez mais atrevidos!  Especialmente na época da seca (maio a outubro) Como o leito do rio fica bem menor e o alimento mais escasso, chegam a roubar pequenas iscas diretamente do anzol!   Uma vez que o boto bocar a linha, a fricção deve estar totalmente apertada.
     Neste momento o pescador poderá fazer apenas uma coisa: torcer para que a linha arrebente ou para que o boto a solte! De qualquer forma só poderá torcer e esperar!  Triste é quando se fisgou uma bela dourada e o boto vem com toda a velocidade rouba-la a poucos metros do barco.
     Não é tão raro se pegar Douradas com cicatrizes de ataques frustrados de botos (como mostra a foto).  Sempre que o pecador perceber a presença de um boto deve optar se vai encarar a disputa ou não.
     Com certeza o boto irá ganhar! Para aqueles mais esquentados, nada de tentar atacar o mamífero, pois além de covardia, é crime.  A solução é procurar outra corredeira para pescar!
     Por último, a pescaria de Douradas revela o quanto o puçá é importante! No último instante antes de ser embarcada, a Dourada costuma se soltar do anzol.  O puçá garante a foto e a integridade do animal.
     A pesca do Apapá é muito animada e emocionante não só para quem pesca, para os observadores também!  Sempre é motivo de boas risadas! Diversão garantida! 

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A Enorme Piraíba

Conheci a Piraíba quando fui fazer uma pescaria na Ilha do Bananal, com meu amigo Amos D. Borsari. E no dizer do escritor Georges Paturbe a Piraíba é o “monstro” do rio e ele a descreve assim: “A Piraíba é o maior de nossos peixes de água doce, atingindo mais de 3,5 metros de comprimento, com o extraordinário peso de 250 quilos ou mais. Possui nada menos que um metro e meio de circunferência”. A cor da Piraíba é algo bronzeadora, com o ventre claro. Na sua cabeça monstruosa, dois pequeninos olhos, pretos e sem vida, dão a Piraíba um aspecto mal, inspirando terror a quem a vê. Tal peixe ocorre nas Bacias do Amazonas e Araguaia, sendo que no Amazonas, é conhecida do indígena pelo nome de Piratinga.

Os exemplares de menor porte (20 a 80 quilos) são conhecidos como filhote. Uma particularidade da Piraíba, é dar saltos fora d’água, verticais, saindo com todo o corpo e caindo novamente à água, com grande estrondo. Já tive ensejo, de ver no Araguaia, o salto desses monstruosos peixes de 3 metros, em dias de forte canícula, quando as Piraíbas saltam a toda hora. A carne deste peixe é desprezada, sendo apenas aproveitados os pequenos exemplares.

Dizem os caboclos que a carne do Piraíba causa lepra e outros malefícios. Disto, porém, nada se tem provado e é realmente desperdício, deitar fora tamanha quantidade de carne. Passemos agora, à pesca da Piraíba, a mais bruta das pescarias. Em primeiro lugar, o anzol. Deve ter um palmo ou mais de comprimento, pois os exemplares de 30 quilos já possuem a boca perfeitamente capaz de engolir o maior dos anzóis.

A isca, pode ser de algum pato, leitãozinho, curimatãs ou peixes de 3 quilos ou até mais. Linha, não se utiliza; usa-se uma corda, de preferência de náilon, com 10 a 15 mm de diâmetro. Outra corda que pode ser usada, é a conhecida por “corda de bacalhau”, mas o ideal são as cordas de náilon, por serem mais resistentes. Pescando de canoa, a corda deve ir amarrada ao seu bico e, a canoa apoitada.

Tem-se que ter a prevenção, de ter sempre à mão uma faca, para cortar a corda assim que a situação ficar preta, pois se ela chegar a ficar, o melhor é você pular n’água e deixar que o peixe faça o que bem entender com a canoa. Pois bem, com a canoa poitada, assim que a Piraíba ferrar, deixe que ela carregue a canoa com poita e tudo, rio acima ou rio abaixo, da maneira que ela quiser. Ao contrário do Jaú, a Piraíba não se emboca e podemos deixar que ela carregue a canoa por todos os lados, mas a Piraíba possui alguns truques e, pode perfeitamente ir puxando a canoa em dada direção e, de repente, dar uma reviravolta, vindo exatamente em sentido contrário, passando por debaixo da canoa.

Quando a corda esticar, somente se a canoa for muito pesada, é que não emborcará, afundando o bico. Antes que isso aconteça, deve já o pescador ter cortado a corda, ou manejado a canoa, de maneira que tal não aconteça. Se no decorrer da pescaria, não haver sido preciso cortar a corda, assim que a Piraíba aflorar a cabeça, depois de algumas horas de luta, naturalmente, deve-se vará-la com vários tiros. Só assim o pescador conseguirá deitar a mão no monstruoso peixe.

Do barranco, não há força humana capaz de segurar o peixe. Por isso deve-se amarrar a corda em alguma árvore, mas note bem, em árvores, pois já assisti a uma Piraíba arrancar dois moirões de cerca, em cujos moirões a corda fora amarrada e, rebentando o arame farpado, lá foi a Piraíba para as profundezas do Araguaia, carregando anzóis, cordas e dois moirões de cerca, além de um pedaço de arame farpado. Se a corda estiver amarrada a uma árvore, a vitória será do pescador, pois a Piraíba, via de regra, engole a isca e, tanto são os saltos, arrancões e solavancos, que o peixe dá, que em uma hora ou pouco menos, o anzol dilacerará suas vísceras trazendo-lhe a morte.

No mais, peguem o maior anzol que puderem encontrar, isque-o com um bom peixe, amarrem-no firmemente em uma corda de 30 a 50 metros, amarre-o em uma árvore e deixe ali até o dia seguinte e, boa sorte.

domingo, 12 de setembro de 2010

Pescando com ração flutuante

. Preparando a ração
Compre ração flutuante (guabí) de tamanho médio. Coloque até 3/4 num pote plástico com tampa. Molhe a ração com pinga, até atingir metade do pote, isto é, pode encharcar. Note que, em menos de 30 minutos, a ração encherá o pote.
2. Preparando vara
Pode usar vara telescópica comum, em torno de 3,60 metros. Coloque a linha 0,30 a 0,40, com uma bóia pequena, com 1 ou 2 anzóis pequenos (utilizo maruseigo 8 ou 10), de modo que, ao fisgar ração, ela flutue.
3. Pescando
Chegando no pesqueiro, ceve o local com a mesma ração flutuante e notará que as tilápias irão comer a ceva. Basta fisgar ração com pinga (note que não soltará fácil do anzol). Irá pegar muitos peixes. Corre- se, entretanto, o risco de algum matrinxã cortar o anzol. Não jogue muita ceva, jogue aos poucos, para manter os peixes no local.


 
Traíra na artificial
Texto: Marcel Nishiyama
Para uma boa pescaria de traíra, verifique antes a temperatura da água. Use iscas de superfície para água quente e iscas de meia água ou fundo para água fria ou dia com muito vento.
Dê preferência a iscas barulhentas (JumppingMinow, Hélice, Popper) ou iscas que produzam bastante vibração (Spinner, SpinnerBait, Rattlin) – isso irá “irritá-la” e fazer com que ela ataque a sua isca.
Trabalhe a isca lentamente, pois a traíra é um peixe relativamente lento, principalmente se a água estiver fria.
Se possível, arremesse a isca paralela à margem. Dê repetidos arremessos em lugares promissores, pois ela nem sempre ataca no primeiro arremesso.
No caso de usar iscas com um único anzol grande, tal como o SpinnerBait ou Colher, amasse a farpa do anzol, pois, devido à boca da traíra ser dura, o anzol acaba quase sempre fisgando na região do olho do peixe, de dentro para fora, por ser a parte mais mole de sua boca, e isso dificultará muito a retirada do anzol sem prejudicar ou até matar o peixe.
Evite acidentes, use alicates tanto para segurar o peixe tanto para retirar o anzol. A traíra é um peixe muito escorregadio, muito difícil de segurar com a mão e possui dentes afiados e mordida forte, o que provoca uma ferida com corte profundo e muito dolorido.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

PESCANDO NOS RIOS DE GOIÁS

Goiás é privilegiado pela riqueza de sua hidrografia - o Rio Araguaia com suas belas praias e grande variedade de peixes - o Rio Paranaíba com seus lindos lagos azuis. E os lagos: Corumbá, Corumbá IV e um dos maiores lagos artificiais do mundo, o lago da Represa da Serra da Mesa, com seus grandes tucunarés. O Estado alimenta três bacias hidrográficas brasileiras, a Bacia Amazônica (Rio Araguaia e Tocantins), a Bacia do Paraná (Rio Aporé, Paranaíba com seus principais afluentes, Rio dos Bois, Meia Ponte, Corumbá, Corrente e Claro), a Bacia do São Francisco (Rio preto). Com várias paisagens o Estado possui uma rica fauna e flora. Pela sua localização central, o seu bioma é de transição para outros biomas do Brasil.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Pesca no Araguaia: Pescaria no Araguaia - Trilha do Pintado

Rio Araguaia, um dos lugares mais belos para a prática da pesca esportiva, Ao longo seu do curso, encontra-se uma diversidade de peixes (Pirarucu; Pirarara; Filhote/Piraíba; Pintado; Barbado; Palmito; Matrinchã; Tucunaré entre outras) Mas lembre-se, muitos desses peixes são da bacia amazônica, por isso, são grandes e agressivos.

Não se esqueça de trazer carretilhas ou molinetes para facilitar o arremesso da linha e possibilitar maior desempenho de tração depois de fisgada.
Alem da pesca esportiva você também pode desfrutar da beleza do Araguaia, aliado a uma fauna e flora bastante rica em espécies (principalmente os Botos Cinza e Rosa) A atividade da pesca esportiva reforça o poder de atração de toda a região.
Para os pescadores de primeira viagem, um aviso: É necessário licença do IBAMA para pescar

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Deixe sua isca mais bem conservada possível

Isca fresca é sinônimo de sucesso na pesca com naturais. Por isso, a melhor maneira de conservar os peixes é usando bastante gelo; nunca coloque sal!

Quando for congelar por um período mais longo, prepare uma solução à base de formol, água, gelo e ácido ascórbico (vitamina C) na proporção de 50 L de água salgada para duas colheres das de sopa de formol e uma e meia colher das de sopa de ácido ascórbico puro. Se preferir, diminua a quantidade de gelo e acrescente um pouco de sal grosso na solução, para baixar mais rápido a temperatura da mistura.

Jogue os peixes na solução e espere até que eles morram. Em seguida, seque com papel toalha um a um e depois coloque em sacos plásticos individuais. Tenha cuidado durante este processo, para não retirar as escamas.

A secagem impedirá a formação de gelo ao redor da isca, o que poderia queimá-la durante o processo de congelamento.

Agindo dessa maneira você conservará a isca congelada por bastante tempo sem perder a textura, brilho e a cor do peixe, mantendo-o sempre fresco.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

PANTANAL MATO-GROSSENSE

Muito antes do descobrimento do Brasil, os índios Guaicurus dominavam toda a região do Pantanal. Souberam utilizar o cavalo introduzido pelos espanhóis, tornando-se exímios cavaleiros. Durante séculos de penetração dos colonizadores, a resistência à ocupação se constituiu na tônica das relações entre índios e brancos. O Pantanal parece ter sido palco da maior e mais obstinada cena de oposição sistemática à presença colonizadora. Como resultado desse violento conflito ocorreu o quase extermínio da população indígena.
Os Xavantes, a mais importante tribo da região, dizimados e expulsos de suas terras localizadas entre os rios Araguaia e Tocantins, se encontram atualmente confinados em reservas indígenas distribuídas pelo território mato-grossense.
Deve-se também levar em consideração que, de acordo com recentes pesquisas em dezenas de sítios arqueológicos da região mato-grossense, onde foram encontrados inclusive ossos de animais pré-históricos como preguiças gigantes e tigres de dente-de-sabre, há evidências da presença do homem pré-histórico, grupos de caçadores/coletores e ceramistas, anteriores ao desenvolvimento das culturas indígenas conhecidas.}
A área brasileira pertenceu à Espanha pelo Tratado das Tordezilhas, assinado em 1494, onde se localiza o Pantanal, foi ignorada pela certeza de que eram inesgotáveis as minas de ouro e prata do México, Peru e Bolívia. Diante dessa atitude dos espanhóis, os portugueses, já a partir de 1525, começaram a explorar a região.
Mais tarde, as bandeiras vasculharam todo território à procura de ouro, pedras preciosas e principalmente à caça de índios para os trabalhos na lavoura, já que o preço dos negros escravos estava acima das posses dos moradores da província de São Paulo. Embora, no início do século XVII, a Espanha tenha procurado barrar esse movimento, incentivando a construção de missões ao longo dos rios Paraguai e Paraná, a cargo dos padres jesuítas, a ocupação portuguesa já se consolidava.
Após a Guerra dos Emboabas, os paulistas, alijados da região das Minas Gerais, reorientaram as bandeiras em busca de novas jazidas auríferas. Foi assim que o bandeirante Pascoal Moreira Cabral descobriu as minas de Cuiabá, em 1718.
Diante desta descoberta, o rei D. João V de Portugal, em 1748, resolveu reorganizar a administração daquela área para facilitar a fiscalização. Separou a região em duas partes, criando dois governos próprios. Surgiram assim as Capitanias de Mato Grosso e de Goiás. Portugal e Espanha, após longas negociações, assinaram o Tratado de Madri, em 1750, oficializando a ocupação portuguesa. Em troca da colônia de Sacramento muito cobiçada pela Espanha, a coroa portuguesa recebeu todo o vale do Amazonas, com as áreas correspondentes aos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Rio Grande o Sul, onde se multiplicavam cidades e vilarejos.
Porém, com o esgotamento das minas durante o século XIX, a região entrou em declínio, ficando abandonada por longo tempo. Somente no início do século XX voltou a prosperar com a chegada de seringalistas, de plantadores de erva-mate e soja e sobretudo de pecuaristas, reunindo um dos mais significativos rebanhos de gado bovino e tornando-se a última grande fronteira agrícola do Brasil. Em 1977, com a separação, o Estado de Mato Grosso do Sul ficou com dois terços das ricas fauna e flora do Pantanal.
Até as primeiras décadas deste século, a região era visitada praticamente apenas por expedições científicas, para conhecimento de sua fauna e flora exuberantes. Por essa época, o Pantanal recebeu um visitante ilustre. O antropólogo francês, Claude Lévi-Strauss, encontrou no Centro-Oeste Brasileiro a inspiração para renovar a antropologia.
O que marcou esta época foram as expedições chefiados pelo marechal Rondon que percorreram Mato Grosso até Rondônia e o Acre até Manaus, construindo milhares de quilômetros de linhas, várias estações telegráficas, descobrindo acidentes geográficos e sobretudo mantendo relações pacíficas com os índios.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A Pesca Amadora no Brasil


A pesca amadora é uma das atividades de lazer mais praticada em todo o mundo, envolvendo uma série de servi;os relacionados ao setor turístico.
        O Brasil, apesar de possuir uma enorme rede hidrográfica e mais de 8 mil km de costa, aliada a uma grande diversidade de peixes e áreas relativamente preservadas para atrair o pescador amador, ainda não explora adequadamente toda essa potencialidade.
        Praticamente todas as regiões do Brasil apresentam boas perspectivas para o desenvolvimento da pesca amadora, a começar pela região amazônica. Na Amazônia, os rios Madeira, Negro, Tapajós, Trombetas e Xingu vêm atraindo pescadores nacionais e estrangeiros, principalmente em busca do tucunaré, o grande embaixador da pesca esportiva.
        O Pantanal é outra área de grande interesse da pesca amadora, principalmente para o mercado interno, recebendo anualmente mais de 100 mil turistas.
        Os rios Araguaia, Paraná, São Francisco e Grande também apresentam enorme potencial, embora precisem ser mais bem administrados para se evitar abusos contra o meio ambiente. Os rios do interior de São Paulo e os pesque-pagues também atraem muitos pescadores, sendo este último o responsável pelo aumento expressivo do mercado de pesca amadora.         
        Especialistas de vários países são unânimes em classificar o Brasil entre as nações mais ricas em peixes de interesse da pesca esportiva, credenciando-o como importante destino para aqueles que se dedicam a essa atividade.Além disso, o Brasil detém dois importantes recordes na pesca internacional, a do tucunaré (12,5 kg) e o do marlim-azul (636 kg).
        Um exemplo das possibilidades da pesca esportiva como fonte geradora de empregos e receita é Estados Unidos. Segundo o National Survey of Fishing, Hunting and Wildlife, são gastos anualmente US$38 bilhões em atividades diretamente ligadas à pesca esportiva, com cerca de 37,5 milhões de pescadores esportivos licenciados, cuja demanda de servi;os gera 1,2 milhão de empregos diretos.
        Nesse contexto, o gerenciamento que países como os Estados Unidos, Canadá, Chile, Argentina, Costa Rica e Nova Zelândia têm realizado no setor da pesca esportiva demonstra que a atividade é capaz de gerar receitas significativa, ao viabilizar recursos não só para o seu próprio desenvolvimento mas também para aplicação em outros setores como turismo e meio ambiente.
        A atividade de pesca amadora no Brasil tem apresentado um crescimento vertiginoso nos últimos anos. O que era uma atividade de lazer transformou-se em uma indústria cada vez mais forte, que movimenta anualmente milhões de dólares em segmentos tão diversos como a importação e a exportação, a aqüicultura, o turismo e a mídia especializada.
        Considerando-se apenas o universo de peixes esportivos, as águas brasileiras abrigam mais de 100 espécies de peixes esportivos. Em termos de áreas de pesca, o país oferece tudo o que o pescador pode desejar: rios caudalosos cercados por florestas tropicais, corredeiras, lagos, enorme área costeira, com uma grande extensão de praias , manguezais e costões, sem contar o alto-mar.      
        Em virtude desse grande potencial, foi criado pelos ministérios do Esporte e Turismo (Embratur) e o Ministério do Meio Ambiente(Ibama) o
 Programa Nacional de Desenvolvimento da Pesca Amadora (PNDPA),que tem por objetivo transformar a atividade da pesca amadora em instrumento de desenvolvimento econômico, social e de conservação ambiental.
        O PNDPA recebe apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), por meio do Projeto Pesca Amadora, e conta com a parceria dos estados e municípios onde a pesca amadora tem se desenvolvido ou apresenta potencial para desenvolvimento.
    O PNDPA tenta fortalecer a pesca amadora como atividade importante para o turismo, o comércio e a indústria, e também para a conservação do meio ambiente e da cultura e tradição das populações locais. Em suas ações, o PNDPA conta, também, com a colaboração dos pescadores amadores, das populações ribeirinhas e costeiras, de empresas privadas, universidades e institutos de pesquisa, organizações governamentais e não-governamentais, entre outros parceiros.