BARCO E CANOAGEM

domingo, 31 de outubro de 2010

A PESCA DO TUCUNARÉ NO AMAZONAS

Denominada por muitos como Pulmão do Mundo, a Floresta Amazônica impressiona pelas suas dimensões gigantescas, pela variedade da fauna e flora, por seus magníficos rios e lagos. Pesca esportiva. Milhares de espécies de peixes habitam os rios da Amazônia. Com toda sua exuberante biodiversidade, a Bacia Amazônica é rota obrigatória para os amantes da pesca esportiva. É um lugar único, onde se pode encontrar rios e lagos limpos e preservados, em meio à sua incontestável beleza selvagem. É importante lembrar que a pesca esportiva é uma atividade ecologicamente correta e proporciona momentos de prazer ímpares aos seus praticantes, cada dia mais preocupados com a manutenção do meio ambiente e da preservação das espécies dos peixes, já que sem eles o esporte não pode ser praticado. Tucunaré (Cichla monoculus) Predador por excelência, o Tucunaré é considerado símbolo da pesca esportiva no Brasil. Sua voracidade é tamanha que ele é capaz de atacar anzóis mesmo sem isca. Os índios já o pescavam com iscas artificiais antes mesmo da modalidade ser praticada pelos pescadores esportivos. Vários tipos de Tucunaré freqüentam os rios da Amazônia, os mais conhecidos são chamados de Açu, Paca, Pitanga, e Borboleta, tem como características em comum a pele amarelada e um circulo no rabo semelhante a um olho. Atingem cerca de 1,20 mts de comprimento e até 15 a 16Kg. Durante a época da seca, habitam principalmente as lagoas marginais, partindo para a mata inundada (igapó) durante as cheias. Nas lagoas, durante o início da manhã e final do dia, quando a água já está mais fria, se alimentam próximo às margens. Quando a água esquenta, passam para o centro das lagoas; na ausência de lagos, o Tucunaré abriga-se em remansos, pois não são apreciadores de águas de forte correnteza.

sábado, 23 de outubro de 2010

Piau

 Dica: A melhor isca e encontrda facilmente é a minhoca. O piau por ser muito arisco requer uma certa astucia na captura.Mas sem duvida, usem a minhoca e terão boa pescaria. 
 Dica: Salame em pedacinhos, retire da embalagem e corte para que endureça de dois a tres dias na geladeira, para que fique mais firme no anzol  
Dica: Pega-se uns 20 Kg de massa de mandioca triturada, coloca em um saco e deixa uns 3 dias no poço de sua escolha... Isso é pra ceva. Quando voçê for pescar ferva o milho verde ate o pondo em que se possa arancalo do sabugo. Só não vale comê-lo na hora da pesca. Rsrsrsrs
Abraços pra todos. 

 Dica: Bom, onde eu pesco, pegamos com salsicha. Tem que ser da boa, pois senão solta com muita facilidade do anzol. Milho verde em conserva antigamente pegava demais, mas hoje em dia não pega mais, mas era uma teta.. muito boa a dica. Abraços
 

domingo, 17 de outubro de 2010

Massa completa para a Pesca em geral.

Ingredientes:   Quatro bananas amassadas, Seis paçocas de amendoim,  50 g de quilo ralado, Uma batata doce cozida 
e amassada, duas colheres de mel, quatro colheres de chocolate em pó, um ovo cru com gema e clara, 
( para amaciar a massa ), Quatro colheres de óleo de cozinha, (  para a massa não grudar nas mãos ).
 

Modo de preparar:  
Mistura-se tudo em uma bacia e o resultado é uma massa gosmenta. Junta-se farinha de trigo e 
se sova até ficar igual a massa de pão, no ponto de fazer bolinhas de um centímetro. Ela pode ser 
guardada em geladeira e, no dia da pescaria, caso esteja meio mole,  basta  juntar  mais  farinha 
de trigo até dar o  ponto de " massa de pão ".  Na pedra da pia,  deve ser sovada com uma garrafa 
ou um  pau de macarrão.  Essa massa, de tão cheirosa e gostosa, te dará  vontade  até de comer...  OBS: Ingredientes suficientes p\ fazer massa p\ quatro pescadores Gentileza Agro-iscas

domingo, 10 de outubro de 2010

Dicas para uma boa pescaria

Antes de decidir para onde ir ou o que levar, é bom que você troque algumas idéias com amigos e conhecidos que gostam de pescar, especialmente se você é um “marinheiro de primeira viagem”. No caso de você já ter bastante tempo de pescaria e mesmo que se considere um bom pescador, ainda assim é sempre bom trocar idéias e experiências com outras pessoas, pois dessa forma você poderá ficar sabendo de um novo local para ir ou de um novo tipo de material de pesca que esteja disponível no mercado. Além do mais, um momento como esse é ideal para colocar em dia as estórias das pescarias anteriores.
Foi com o objetivo de facilitar a vida dos amantes da pescaria que reuni aqui algumas dicas e recomendações.
O primeiro passo para quem pretender fazer uma pescaria deve começar com uma visita ao escritório do IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) ou do Órgão Estadual de Meio Ambiente para obter sua “licença de pesca”, também conhecida como “carteira de pesca”. Caso a sua cidade não possua nenhum órgão ambiental, você pode conseguir sua carteira de pesca através dos sites na internet. Em geral, a “licença de pesca” do IBAMA é um pouco mais cara do que as estaduais, pois ela pode ser usada em todas as unidades da federação, enquanto que as outras são usadas apenas no Estado de origem. Vale lembrar que existem dois tipos de licenças com valores distintos. A “licença para pesca desembarcada” que é usada pelo pescador que vai pescar no barranco do rio custa o equivalente a R$ 20,00 e a “licença para pesca embarcada” que é usada por pescadores que utilizam algum tipo de embarcação (canoa, lancha, regatão, etc.) custa a quantia de R$ 60,00.
Nesse primeiro momento quando você estiver providenciando a sua “carteira de pesca” é importante também aproveitar para se orientar quanto a Lei de Proteção e Estímulos à Pesca (Decreto-Lei nº 221, de 28 de fevereiro de 1967) e Lei da Vida (Lei Federal nº 9605, de 12 de fevereiro de 1998) que trazem normas sobre os cuidados com os recursos pesqueiros. Além dessas, é importante saber o que dizem as Leis Estaduais e Municipais correlatas, especialmente sobre os “locais de pesca proibida” e as “espécies de peixes proibidos”, pois tais regras variam bastante de um local para outro. Por exemplo, a pesca do pirarucu (Arapaima gigas) em alguns locais está proibida, mas em outros não.
Outro detalhe extremamente relevante para quem vai pescar trata-se da observação das regras da Marinha. Da mesma forma que no caso anterior, você pode visitar pessoalmente as Capitanias dos Portos ou então buscar orientações através dos sites existentes na internet.
Se você vai usar uma embarcação é imprescindível que você esteja portando a “carteira da marinha”, para a categoria de “Arrais-amador”, que é a que habilita o seu portador na condução de embarcações nos limites da navegação interior. É importante saber que uma carteira dessas não pode ser tirada da noite para o dia. Para obtê-la você precisa passar por uma prova específica.
Depois que você estiver com a “carteira de pesca” e a “Arrais-amador”, é o momento de começar a segunda etapa, que se trata do preparo da bagagem, a embarcação e o veículo.
Faça um “check-up” no veículo, conferindo as condições do motor, dos pneus, dos amortecedores, do sistema elétrico e dos itens de sinalização luminosa (lanterna, luz de freios, setas e faróis). Não se esqueça dos itens obrigatórios do veículo, como extintor de incêndio, estepe, triângulo de sinalização, chave de rodas e macaco hidráulico, além é claro da caixa de ferramentas.
Após isso, cheque as condições de sua embarcação e mande fazer uma revisão no motor de popa. Não se esqueça dos coletes salva-vidas; eles são itens obrigatórios para quem entra na água.
Antes de começar a preparar a bagagem para a viagem, eu aconselho que você se sente confortavelmente no sofá da sala ou em outro local sossegado para fazer uma lista do que pretende levar. Assim você terá mais chances de levar todos os itens importantes e indispensáveis para uma boa pescaria.
Ao preparar sua bagagem, não esqueça o repelente de insetos, o protetor solar e o boné.
O seu “kit de pesca” deve ser montado de acordo com as sua experiência como pescador e deve conter os apetrechos direcionados para o tipo de peixe que pretende pegar. Em geral, um bom “kit de pesca” possui vários tipos de anzóis, muitas chumbadas, linhas diferentes, molinetes e carretilhas. Deve ter também um bom alicate, um canivete suiço, duas ou três facas, um facão, uma pedra de amolador facas, uma lanterna, um lampião ou um celibrim com bateria.
Recomendo também que você leve um “kit de primeiros socorros”, contendo algodão, álcool iodado, gaze, esparadrapo, band-aid e alguns remédios básicos.
Não se esqueça de planejar sua viagem com bastante antecedência e quando for consultar o calendário para programar sua pescaria, não se esqueça de ver a fase da lua, pois dependendo do tipo de peixe que você pretende pegar é muito importante que você leve em consideração a fase lunar.
Lembre-se que “bebida e direção não combinam”. Da mesma forma que um motorista não pode beber e dirigir, o piloto de uma embarcação deve se abster do álcool.
Não leve aparelhos sonoros (som portátil, rádios, MD player, iPods, etc.). Procure relaxar e se deleitar com os sons da natureza.
Recomendo que leve o aparelho celular apenas para ser utilizado em casos de emergência. Só use o celular em casos de extrema necessidade.
 Respeite o meio ambiente. Traga todo o seu lixo de volta. Não faça queimadas, não derrube árvores e não mate animais silvestres (jacarés, botos, tartarugas etc.), pois essas ações desrespeitosas contra a natureza são consideradas crimes.
Aproveite esse momento para entrar em sintonia com o ambiente à sua volta. Procure se desligar dos problemas e esqueça a rotina do seu dia-a-dia na cidade. Gaste cada um dos  minutos em que você estiver pescando para se distrair e pensar em coisas boas.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

ISCAS ARTIFICIAIS

Pessoal, conversando com algumas pessoas que estão iniciando na pesca com artificiais notei a grande dificuldade em saber quais as iscas mais utilizadas e seus nomes e trabalhos. Então resolvi colocar aqui, rapidamente algumas das iscas mais usadas e um pequeno texto explicando um pouco mais.

SUPERFICIE
São iscas que quando trabalhadas tem sua ação inteiramente na superfície da água e eventualmente um pouco abaixo da linha da superfície.

Destas iscas podemos destacar algumas e hoje falaremos de uma em especial, a ZARA

ZARA - quando trabalhada com toques de ponta de vara, tem seu nado em Z - Pode ser trabalhada bem lentamente ou rápida. A variação da velocidade é muito importante, pois tem dias que os peixes só estão atacando com a isca bem lenta ou bem rápida.

Algumas iscas mais modernas misturaram algumas iscas e criaram algumas zaras que podem ser trabalhadas de formas variadas.

Algumas tem na sua cabeça um pequeno detalhe que faz com que ao ser trabalhada a isca faça um barulho de POP na água. E algumas podem ser trabalhadas tanto nadando em Z e com pequenos saltos. Algumas iscas quando paradas na água ficam em 45º com relação a linha dágua, e são chamadas de SLASH ( / ) Walker - são iscas que tem um trabalho mais lento e tem características dos STICKS que vamos falar mais abaixo. Estas iscas são ótimas para se trabalhar em locais sem espaço, ou quando o peixe está manhoso. Pois pode-se trabalha-la quase que no mesmo local, dando pequenos toques na ponta da vara, ela se move, mas não sai muito da posição que caiu.

domingo, 3 de outubro de 2010

PEIXES DA AMAZONIA

As matas banhadas pelas águas brancas costumam ser chamadas de florestas de várzea e as banhadas pelas águas pretas e claras, de florestas de igapós. A vegetação da várzea é muito mais rica do que a vegetação dos igapós, por causa da fertilidade das águas brancas e dos solos aluvionais por elas trazidos. O mesmo se constata com a fauna dos dois tipos de florestas, especialmente com a biota aquática. Os rios de água branca são ricos em peixes, enquanto os rios de água preta são "rios da fome". As áreas onde os dois tipos de águas se misturam, como a área perto de Manaus, são consideradas especialmente ricas.
As árvores das matas alagadas têm várias adaptações morfológicas e fisiológicas para viverem parcialmente submersas, como raízes respiratórias e sapopembas. As árvores são pobres em plantas epífitas e o sub-bosque praticamente inexiste. Em seu lugar existe uma rica flora herbácea, como o capim-mori, a canarana e o arroz selvagem. Na estação das enchentes, o capim se destaca e forma verdadeiras ilhas flutuantes. Outras plantas flutuantes, tais como a vitória-régia e o aguapé, também acompanham o nível das águas.
Os mamíferos das matas alagadas - antas, capivaras e outros - são todos bons nadadores. Até as preguiças são capazes de nadar. A fauna de macacos e de outros mamíferos arborícolas em geral é pobre, comparada com a fauna da terra firme. Nos rios de várzea encontram-se, porém, várias espécies de mamíferos aquáticos, como os botos, o peixe boi, a ariranha e as lontras. A fauna de primatas é muito reduzida. O vegetariano peixe boi e os botos predadores são, entretanto, muito raros nas águas pretas e claras dos igapós, pobres em vegetação aquática e pouco piscosas.
Na avifauna relativamente pobre das florestas de igapós predominam as aves aquáticas, tais como as garças, biguás, jaçanãs, mucurungos e patos.
As águas das florestas alagadas são ricas em répteis aquáticos. As tartarugas são importantes herbívoros da vegetação aquática e são muito caçadas. A tartaruga verdadeira (Podocnemis expansa) está em perigo de extinção; a cabeçuda (P. dumeriliana) e a tracajá (P.unifilis) são também muito apreciadas pelos caçadores. Os cágados Phrynops são encontrados com mais freqüência nas corredeiras. Entre os jacarés, o jacaretinga (Palaeosuchus trigonatus), gênero com uma única espécie endêmica na Amazônia, está ameaçado de extinção. O jacaré-açu (Melanosuchus niger) é o jacaré comum na área. Vários autores atribuem aos jacarés predadores um importante papel de "reguladores" na várzea. A grande jibóia amazônica merece também ser mencionada.
Na Amazônia vivem em torno de 10 mil espécies de peixes. Aqui, mencionamos apenas algumas espécies ligadas à floresta de inundação. São estas os peixes frugívoros que evoluíram em estreita co-evolução com as árvores e arbustos amazônicos: as frutas caem na água, são engolidas pelos peixes e as sementes resistentes às enzimas gástricas são transportadas para longe. Vários peixes, especialmente os da grande ordem dos Characinoidea, apresentam dentições especializadas para certos tipos de frutas. O tambaqui (Collosoma macropomum) é um comedor especialista das frutas da Hevea spruceana. Pacus, dos gêneros Mylossoma, Myleus e Broco, são também comedores importantes de frutas de palmeiras, embaúbas e outras árvores. A piranheira é uma planta preferida por algumas espécies de piranhas. A dispersão das plantas pelos peixes da várzea e dos igapós tem uma importância comparável à da dispersão clássica de sementes pelas aves e mamíferos nas florestas de terra firme. O tambaqui e os pacus, bem como o pirarucu (Arapaima gigas), são os peixes de maior importância comercial na Amazônia. Nada ilustra melhor o papel ecológico importante da frugivoria dos peixes. O tambaqui é muito procurado por pescadores turísticos.
Os peixes frugívoros constituem somente um dos tipos de peixes na várzea, mas o papel deles é particularmente importante nas águas pretas e claras. Devido à pobreza excessiva dessas águas em fito e zooplâncton, são as árvores que fornecem a maioria dos alimentos. Mesmo assim, os peixes do rio Negro são de tamanhos menores do que os seus coespecíficos no rio Solimões. Os cardumes também são menores.
A fauna de insetos é principalmente ligada à vegetação flutuante. As poucas espécies de cupins e de formigas acompanham a subida e a descida das águas ao longo dos troncos das árvores. Vários tipos de insetos vivem sobre a vegetação flutuante, enquanto nas águas criam-se enormes populações de mosquitos e outros dipterros irritantes. Os rios de água preta são isentos deste flagelo.
As matas alagadas contêm várias espécies de árvores de utilidade econômica, além de madeiras de lei. A seringueira, a sorva, a andiouba, a macaranduba, o buriti e o tiucum produzem borracha, alimentos, óleos, resinas e fibras de importância econômica. As várzeas são especialmente ricas e produtivas. Ali se encontravam as grandes concentrações indígenas e atualmente são desenvolvidos grandes projetos agro-pecuários e industriais.
Específicas dos igapós de solos arenosos e de água preta são a piranheira (Piranhea trifoliata), a oeirana (Alchornea castaniifolia), várias espécies de Inga e de Eugenia, as palmeiras Copaifera martii (copaíba) e a Leopoldinia. Algumas árvores têm grande resistência às enchentes prolongadas, tais como a Myrciaria dubia, a Eugenia inundata (araçá de igapó) e, finalmente, a Salix humboldtiana, que sobrevivem a vários anos de submersão permanente.
Muitas espécies da várzea estão ameaçadas de extinção devido ao rápido desenvolvimento das áreas urbanas, da construção de represas, da poluição com o mercúrio dos garimpos etc. A caça e a pesca desregulada na várzea já colocaram em risco a existência de vários vertebrados aquáticos de grande porte. A lista das espécies em extinção é encabeçada pelos botos, peixe boi, ariranha, tartaruga verdadeira, jacaretinga e outros. Entre os peixes ameaçados destacamos o pirarucu, o maior peixe de água doce do mundo.
A alta produtividade da várzea possibilitou uma povoação indígena densa à época da descoberta. As margens do grande rio abrigaram muitas aldeias com milhares de habitantes. A densidade populacional alcançava 14,6 pessoas por quilômetro quadrado. Os ribeirinhos cultivavam milho e mandioca no rico solo aluvional, coletavam arroz selvagem e usufruíam de pesca rica. Estes índios tinham uma organização de classes sociais e utilizavam trabalho de escravos.
Os rios de água preta, pelo contrário, considerados "rios de fome", foram historicamente pouco habitados. Porém, pela falta de dípteros molestadores, como mosquitos, borrachudos e mutucas, os novos colonizadores preferiam morar nas margens dos rios de água preta. Por um curto período, a capital da região foi para Barcelos, no médio rio Negro, mas mudou rapidamente para Manaus, perto da várzea rica em peixes. Ainda é preciso considerar que os solos férteis na Amazônia são os solos de várzea, justamente onde os grandes centros urbanos tendem a se localizar, junto com as suas bases de abastecimento.
Uma estação ecológica está situada por inteiro no ambiente dos igapós: é a Estação Ecológica Federal do arquipélago de Anavilhanas, no baixo rio Negro. Nas enchentes, o arquipélago de centenas de ilhas é praticamente submerso. O laboratório de pesquisa da Estação fica em casas flutuantes que acompanham também o nível das águas. Uma outra estação, Mamirauá, está situada na várzea, perto de Tefé. O grande centro de pesquisas da Amazônia (INPA), em Manaus, e o Museu Goeldi, em Belém, mantêm várias reservas e áreas de pesquisa nas matas de terra firme. Em Santarém encontra-se um grande centro de pesquisas piscívoras.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

RIO GUAPORÉ

OS PEIXES
Como característica, o Guaporé é um rio que oferece uma grande variedade de espécies esportivas. Pescar em suas águas proporciona diversão para qualquer tipo de pescador. Se for mais voltado para a pesca de artificial, os tucunarés e as cachorras largas garantem bom divertimento. Se a preferência for pelos peixes de couro, é possível garantir grande emoção na pesca das pirararas, cacharas e capararis. Se quiser partir para a pesca de isca natural, sem ser nos peixes de couro, as corvinas os tambaquis e as pirapitingas estarão lá para serem desafiados.

Tucunarés
A espécie da região é o Cichla monoculus, conhecido como amarelinho, pitanga, pinina, popóca, etc, enfim, uma grande variedade de nomes para um dos peixes mais esportivos de nossas águas doces. O tamanho desta espécie não é seu ponto forte, pois dificilmente ultrapassará aos 3 quilos de peso. No entanto, se o pescador ajustar sua tralha para um equipamento mais leve, poderá se divertir como nunca e dificilmente encontrará um local no país com tanta quantidade como se pode encontrar no Guaporé. Trabalhando com uma vara e linha de 12 lb, e iscas artificiais de superfície, terá o coração acelerado a todo instante, pois em alguns lagos é raro não ter sua isca atacada a cada arremesso.
Iscas recomendadas: baby bob, zeppelin, stick e stick poper da Borboleta / super spook jr e baby torpedo da Heddon / pop’n image, spit’n e super pop r da Excalibur / trairinha da Bait puller / top pup da Mirrolure / pop r da Rebel / alimai 85 da Kingfisher / bicuda -70 da Deconto
Cachorra Larga
Nas partes onde a água corre um pouco mais é o local de se tentar uma cachorra. Há muita quantidade deste peixe nas águas do Guaporé e recomendo que se leve um bom estoque de iscas de meia água , pois não é raro se perder algumas durante sua pesca. Com dentes muito afiados, a cachorra corta a linha com muita facilidade e a utilização de um empate de aço é fundamental para se evitar perder muitas iscas. Mesmo com o aço, ainda se perde alguma pois outras do cardume costumam brigar pela isca e não raramente se perde alguma isca nesta disputa. Uma técnica importante para se conseguir melhorar a produtividade nesta pesca é fisgar a cachorra com a ponta da vara voltada para cima, pois elas escapam muito neste momento se a ferrada for feita lateralmente.
Na pesca da cachorra é bom optar por uma vara e linha mais potente, ao redor de 25lb.
Iscas recomendadas: magnum 11 e 14 da Rapala / long A 15 e 16 da Bomber / inna da Marine Sports / the first da Maria / red fin 900 da Cotton Cordell / zagaia e prima da Bait Puller / juana e perversa da Borboleta.

Corvinas
Pouca explorada, mas não menos divertida é a pesca da corvina, utilizando como isca os pequenos lambaris. Nas pontas de praia rasas e com água meio corrente esta pesca pode ser praticada com grandes resultados arremessando os lambaris e recolhendo lentamente como se estivesse trabalhando uma isca artificial. Para se arremessar com mais eficiência pode ser utilizado um pequeno chumbo prezo a linha. A vara e linha de 12 lb utilizada para os tucunarés é uma excelente opção para a pesca da corvina. Recomendo soltar a corvina o mais rápido possível, pois se trata de um peixe frágil que pode morrer com facilidade.
Um dos charmes desta pescaria é acompanhar o processo de captura dos lambaris pelos guias locais. Primeiro se pesca um tucunaré. Depois, o fígado do tucunaré é amarrado em uma linha de nylon e se esfarela um pouco do fígado na água para a trair os lambaris. Com a linha  se bate o fígado na água e os lambaris começam a atacar e a morder e vão sendo jogados para dentro do barco. Isto é um sistema típico da região que vale a pena conhecer.
Cachara e caparari
Nos canais rasos, tanto de espraiados como os com margens de capins a pesca da cachara com isca de peixe é muito produtiva. Além destes peixes é comum entrar também cachorras e pirararas de menor porte. Nesta pescaria não se pode esperar exemplares de grande porte, até pela profundidade destes pontos. Mas se o pescador optar por um equipamento leve, composto de uma vara de 20 a 25 lb, equivalente a utilizada na pesca da cachorra com artificial, é satisfação garantida e briga boa. As maiores cachara dificilmente ultrapassam os 10 kg de peso , sendo que a maior quantidade estará entre 3 e 6 kg.
Pirara
Se o pescador quiser tentar uma pirarara de maior porte, pode ter certeza que encontrara diversão pesada e necessita reforçar o equipamento. Neste caso, como se muda de ambiente, do raso para os poços mais profundos e com muitas galhadas submersas, há que se ter alavanca para segurar a corrida desenfreada de uma pirarara de maior tamanho. Uma vara e linha na casa das 80lb é importante, caso contrario as chances do peixe conseguir de enroscar em uma tranqueira qualquer é muito grande. Para esta pescaria recomendo anzol entre 9 e 11 /0 e como isca se pode utilizar traíras, muito fácil de se pescar em qualquer parte do Guaporé.
Pirapitinga e tambaqui
Embora raro, no Guaporé ainda se pode sentir a força destes peixes do outro lado da linha.
Para se ter chances de sucesso é fundamental levar isca de minhocuçu, não encontrada na região. Em alguns canais de água rápida ou poços mais profundos, a pesca mais comum destes peixes redondos e de grande força é feita poitando o barco e arremessando o mais longe possível da embarcação. È uma pesca de espera, mas que dando resultado proporciona grande emoção, não só pela raridade  como pela força que eles tem.
Durante a viagem fizemos um esforço relativo de pesca destas espécies e considero que obtivemos um bom resultado com 1 pirapitinga e 4 tambaquis, fora alguns perdidos.
O equipamento que recomendo é uma vara ao redor de 40 lb, com linha de 30lb e anzol 6/0