BARCO E CANOAGEM

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

RIO GUAPORÉ

OS PEIXES
Como característica, o Guaporé é um rio que oferece uma grande variedade de espécies esportivas. Pescar em suas águas proporciona diversão para qualquer tipo de pescador. Se for mais voltado para a pesca de artificial, os tucunarés e as cachorras largas garantem bom divertimento. Se a preferência for pelos peixes de couro, é possível garantir grande emoção na pesca das pirararas, cacharas e capararis. Se quiser partir para a pesca de isca natural, sem ser nos peixes de couro, as corvinas os tambaquis e as pirapitingas estarão lá para serem desafiados.

Tucunarés
A espécie da região é o Cichla monoculus, conhecido como amarelinho, pitanga, pinina, popóca, etc, enfim, uma grande variedade de nomes para um dos peixes mais esportivos de nossas águas doces. O tamanho desta espécie não é seu ponto forte, pois dificilmente ultrapassará aos 3 quilos de peso. No entanto, se o pescador ajustar sua tralha para um equipamento mais leve, poderá se divertir como nunca e dificilmente encontrará um local no país com tanta quantidade como se pode encontrar no Guaporé. Trabalhando com uma vara e linha de 12 lb, e iscas artificiais de superfície, terá o coração acelerado a todo instante, pois em alguns lagos é raro não ter sua isca atacada a cada arremesso.
Iscas recomendadas: baby bob, zeppelin, stick e stick poper da Borboleta / super spook jr e baby torpedo da Heddon / pop’n image, spit’n e super pop r da Excalibur / trairinha da Bait puller / top pup da Mirrolure / pop r da Rebel / alimai 85 da Kingfisher / bicuda -70 da Deconto
Cachorra Larga
Nas partes onde a água corre um pouco mais é o local de se tentar uma cachorra. Há muita quantidade deste peixe nas águas do Guaporé e recomendo que se leve um bom estoque de iscas de meia água , pois não é raro se perder algumas durante sua pesca. Com dentes muito afiados, a cachorra corta a linha com muita facilidade e a utilização de um empate de aço é fundamental para se evitar perder muitas iscas. Mesmo com o aço, ainda se perde alguma pois outras do cardume costumam brigar pela isca e não raramente se perde alguma isca nesta disputa. Uma técnica importante para se conseguir melhorar a produtividade nesta pesca é fisgar a cachorra com a ponta da vara voltada para cima, pois elas escapam muito neste momento se a ferrada for feita lateralmente.
Na pesca da cachorra é bom optar por uma vara e linha mais potente, ao redor de 25lb.
Iscas recomendadas: magnum 11 e 14 da Rapala / long A 15 e 16 da Bomber / inna da Marine Sports / the first da Maria / red fin 900 da Cotton Cordell / zagaia e prima da Bait Puller / juana e perversa da Borboleta.

Corvinas
Pouca explorada, mas não menos divertida é a pesca da corvina, utilizando como isca os pequenos lambaris. Nas pontas de praia rasas e com água meio corrente esta pesca pode ser praticada com grandes resultados arremessando os lambaris e recolhendo lentamente como se estivesse trabalhando uma isca artificial. Para se arremessar com mais eficiência pode ser utilizado um pequeno chumbo prezo a linha. A vara e linha de 12 lb utilizada para os tucunarés é uma excelente opção para a pesca da corvina. Recomendo soltar a corvina o mais rápido possível, pois se trata de um peixe frágil que pode morrer com facilidade.
Um dos charmes desta pescaria é acompanhar o processo de captura dos lambaris pelos guias locais. Primeiro se pesca um tucunaré. Depois, o fígado do tucunaré é amarrado em uma linha de nylon e se esfarela um pouco do fígado na água para a trair os lambaris. Com a linha  se bate o fígado na água e os lambaris começam a atacar e a morder e vão sendo jogados para dentro do barco. Isto é um sistema típico da região que vale a pena conhecer.
Cachara e caparari
Nos canais rasos, tanto de espraiados como os com margens de capins a pesca da cachara com isca de peixe é muito produtiva. Além destes peixes é comum entrar também cachorras e pirararas de menor porte. Nesta pescaria não se pode esperar exemplares de grande porte, até pela profundidade destes pontos. Mas se o pescador optar por um equipamento leve, composto de uma vara de 20 a 25 lb, equivalente a utilizada na pesca da cachorra com artificial, é satisfação garantida e briga boa. As maiores cachara dificilmente ultrapassam os 10 kg de peso , sendo que a maior quantidade estará entre 3 e 6 kg.
Pirara
Se o pescador quiser tentar uma pirarara de maior porte, pode ter certeza que encontrara diversão pesada e necessita reforçar o equipamento. Neste caso, como se muda de ambiente, do raso para os poços mais profundos e com muitas galhadas submersas, há que se ter alavanca para segurar a corrida desenfreada de uma pirarara de maior tamanho. Uma vara e linha na casa das 80lb é importante, caso contrario as chances do peixe conseguir de enroscar em uma tranqueira qualquer é muito grande. Para esta pescaria recomendo anzol entre 9 e 11 /0 e como isca se pode utilizar traíras, muito fácil de se pescar em qualquer parte do Guaporé.
Pirapitinga e tambaqui
Embora raro, no Guaporé ainda se pode sentir a força destes peixes do outro lado da linha.
Para se ter chances de sucesso é fundamental levar isca de minhocuçu, não encontrada na região. Em alguns canais de água rápida ou poços mais profundos, a pesca mais comum destes peixes redondos e de grande força é feita poitando o barco e arremessando o mais longe possível da embarcação. È uma pesca de espera, mas que dando resultado proporciona grande emoção, não só pela raridade  como pela força que eles tem.
Durante a viagem fizemos um esforço relativo de pesca destas espécies e considero que obtivemos um bom resultado com 1 pirapitinga e 4 tambaquis, fora alguns perdidos.
O equipamento que recomendo é uma vara ao redor de 40 lb, com linha de 30lb e anzol 6/0

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